sábado, 29 de maio de 2010

Webmuseus: o contato virtual


Um assunto ainda pouco divulgado na área da Ciência da Informação, mas com destaque significativo nas novas tendências tecnológicas informacionais. De acordo com Loureiro (2004, p. 97), o conceito de webmuseu pode ser definido como “[. . .] uma ideia [sic] de museu permeada pela centralidade da informação, e não mais pela materialidade dos lugares e dos objetos físicos, traço que acompanhou o fenômeno dos museus desde suas origens [. . .]”.


Inicialmente, os webmuseus surgiram como um recurso dos museus tradicionais, onde o usuário pudesse ter um primeiro contato – visual - com o acervo. Hoje, com a facilidade de disponibilizar conteúdo pela web, eles estão sendo cada vez mais explorados, facilitando o acesso a conteúdos, muitas vezes, censurados em outros canais de informação.

Como exemplo de museus digitais internacionais de grande abrangência e importância, temos o The Virtual Museum of Iraq e Web Galery of Art. O primeiro permite ao usuário navegar pelo museu, explorar o acervo e obter informações sobre as obras. Já o segundo possui a possibilidade de diferentes tipos de buscas, com um índice bem organizado. Quanto ao cenário nacional dos webmuseus, cito o MASP - Museu de Arte de São Paulo e o MARGS – Museu de Artes do Rio Grande do Sul.

Obviamente, o contato virtual não substitui a possibilidade da observação direta, sentir-se parte da história da obra esculpida, pintada, retratada. Entretanto, os webmuseus nos mostram que podem ser boas fontes de informação, quando bem organizados e atualizados, oportunizando assim, o acesso do usuário com a cultura, muitas vezes, desconhecida.

Referência:

LOUREIRO, Maria Lucia de Niemeyer Matheus. Webmuseus de arte: aparatos informacionais no ciberespaço. Ciência da Informação, v. 33, n. 2, p. 97, 2004. Disponível em: <http://moodleinstitucional.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=67206>. Acesso em: 29 maio 2010.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Disponibilizar é possível?

Complementando o tema que vem sendo tratado nos últimos posts, tratarei hoje sobre a contribuição dos jornais brasileiros online. Como vimos anteriormente neste blog, jornais de valor histórico significativo garantiram reconhecimento mundial através do formato eletrônico. O caso brasileiro não é diferente. Possuímos jornais com grande participação na formação de opinião pública nacional e mundial, como por exemplo, os jornais O Globo e Folha de São Paulo.

Tanto para o bibliotecário quanto para o leigo, o jornal é a primeira fonte a ser consultada nas situações mais triviais do cotidiano, desde a pesquisa escolar até a lista de compras do supermercado. E é através dessas trivialidades que encontramos fatos que podem mudar, no mínimo, o nosso dia. No caso do profissional da informação, a leitura de jornal acaba sendo investigativa e alerta. Afinal, quando disponibilizamos informação participamos da formação de opinião pública. Pois, segundo Mannarino (2000),

Essa é a finalidade do uso da informação jornalística, fornecer os insumos dos quais o indivíduo precisa se apropriar para formar sua opinião pessoal e estar apto a participar e contribuir para a formação da opinião pública.

E assim nos encontramos, tecnologia e informação ao nosso alcance. Estabelecemos critérios de seleção, avaliamos as fontes, mas nem sempre a informação final que chega ao usuário é relevante. Por isso, é necessário explorar, conhecer, criticar e interagir com as fontes mais lidas pela população mundial.

A informação digital exige coerência e conhecimento de quem a disponibiliza.

Referência:

MANNARINO, Marcus Vinicius Rodrigues. O papel do webjornal: veículo de comunicação e sistema de informação. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2000. 98 p.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Jornais internacionais: a globalização e a informação

“É o conteúdo que vende o jornal.” (Noblat, 2004)

Começo a reflexão sobre jornais internacionais com a frase acima, a qual creio que defina o objetivo de um jornal: fornecer conteúdo de qualidade ao leitor. Sabemos que alguns veículos de informação jornalística exercem grande influência internacional. Devemos esse reconhecimento à Internet, possibilitando o formato online das publicações. Entre os mais influentes no cenário político mundial, destaco o The New York Times, The Guardian, El País e Le Monde.
Diante deste fator determinante para a formação de opinião - a posição política a qual defende ou apoia discretamente -, observamos quão necessária é a seleção de tais fontes de informação. Como profissionais da informação, precisamos agir criteriosamente quanto à seleção deste material. A constante atualização do profissional quanto ao desenvolvimento dessas fontes é fundamental, bem como conhecer as vertentes histórica, política e sociais de tais veículos.
A globalização fez com que a informação ultrapassasse oceanos por fibras ópticas, quebrando as mais intransponíveis barreiras de comunicação. Somos, agora, impulsionados pelas tecnologias a estar informados sobre o que acontece a cada segundo no outro lado do globo. Reconhecer se a fonte é confiável e se o objetivo da informação é relevante é o que devemos estar aptos a realizar quando responsáveis pela transmissão de tal informação.

Referência:

NOBLAT, Ricardo. A arte de fazer um jornal diário. 5. Ed. São Paulo: Contexto, 2004.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Webjornalismo

Jornal eletrônico. Curioso termo. Há pouco mais de uma década ninguém dizia que lia ‘jornal impresso’, pois era o único formato disponível para leitura. Hoje, o jornalismo eletrônico está formando um novo perfil de leitor, o qual privilegia a interatividade e a instantaneidade de informação. O webjornalismo possibilitou a cooperação entre jornais e outros meios de comunicação complementando e agregando informações aos conteúdos dos jornais impressos.

Como bibliotecários (restrinjo aqui a minha análise), faz-se necessário esse olhar para o ciberjornalismo como um importante mercado a ser explorado. Atualmente, os jornais eletrônicos procuram utilizar todos os recursos de comunicação possíveis, sendo necessária a seleção, organização e tratamento dessa imensa gama de informações disponibilizada. Cito um exemplo que me identifico bastante por acompanhar a atividade com bastante interesse: os blogs jornalísticos. São blogs incorporados à interface do jornal eletrônico com o objetivo de informar e interagir com o público além da informação transmitida pelo jornal diariamente. Geralmente produzidos por colunistas ou profissionais ligados à área de produção do jornal, os blogs jornalísticos trazem informações diversificadas sobre o assunto tratado, curiosidades, indica outras fontes de consulta. Para quem ficou interessado, a Zero Hora, em seu jornal eletrônico, disponibiliza uma variada lista de blogs jornalísticos. Acesse e confira.